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quinta-feira, 5 de julho de 2012


A trama montada contra Rands 3
Todo o jogo dos golpes e contra-golpes que culminaram com o gesto extremo do deputado Maurício Rands está no contexto de dois níveis de poder - o local e o nacional. Os movimentos da província estão intimamente relacionados com a luta pela poder a nível do País.
 
O blog identificou claramente não ser Rands a parte central da trama. Ele foi atingido por balas atiradas diretamente pela artilharia pesada de José Dirceu. Tudo foi ardilosamente planejado e executado por quem é o verdadeiro chefe maior do PT nacional, Dirceu, que também é o líder, orientador e sustentáculo de Humberto Costa.
 
Esta é a verdade desvendada pelo blog: a trama central tem Eduardo Campos como alvo. Dirceu primeiro gerou na província, via Humberto, a desmontagem e a mais completa desmoralização dos interlocutores que Campos tinha no PT de Pernambuco - o prefeito João da Costa e o ex-deputado Maurício Rands.
 
Neste aspecto, a dupla Dirceu-Humberto obteve o mais absoluto sucesso. A partir daí, Dirceu jogou ainda mais violentamente pesado para intrigrar Eduardo diretamente com Lula.
 
Foi (ainda está sendo) um trabalho mais difícil, pois Lula desenvolveu uma relação paternal com Eduardo, que esteve firme ao lado do ex-presidente nos momentos mais dramáticos do mensalão, que retirou Ciro Gomes para não ameaçar Dilma (Lula tinha o sentimento que Ciro poderia ser o futuro presidente, pois herdaria a simpatia dos eleitores de Lula e abafaria inteiramente a presença precária de Dilma na televisão e debates), além de inúmeros gestos que Eduardo fez por Lula.
 
O blog apurou que Dirceu sabe muito bem que não foi simplesmente por conta de Lula que Eduardo atingiu os níveis de desempenho obtidos em Pernambuco. Lógico que Lula deu grande apoio a Eduardo, mas muita coisa já vinha de antes, ainda durante o governo de Jarbas Vasconcelos.
 
Aliás, os investimentos mais importantes foram dessa época: Transnordestina, Refinaria e Estaleiro Atlântico Sul; a conquista mais importante do governo Eduardo Campos não dependeu do Governo Federal e já foi no pós-Lula, que é a fábrica da Fiat na Mata Norte).
 
Dirceu sabe muito bem que Jacques Wagner, governador da Bahia, tem até mais intimidade com Lula do que Eduardo Campos, mas mesmo assim o dirigente baiano não conseguiu deslanchar como o pernambucano.
 
Dirceu também sabe muito bem que Eduardo teve quase o dobro de votos no Recife do que a Dilma em 2010, mesmo a presidenta contando com o mais enfático apoio de Lula.
 
Em todo caso, Dirceu conseguiu encurralar Lula e o colocou contra Eduardo, num jogo venenoso de falar em traição, ingratidão, covardia e outros argumentos de tom emocional. Lula resistiu no primeiro momento, mas Dirceu colocou uma tropa de elite de íntimos de Lula, a exemplo de Gilberto Carvalho, Luiz Dulce, Paulo Okamoto e outros da mais profunda intimidade do ex-presidente.
 
Dirceu jogou veneno por todo lado para intrigar Lula contra Eduardo. E parece que está conseguindo. Agora, Dirceu partiu para envenenar a presidenta Dilma contra Eduardo. Está usando de todas as armas e formas de abalar a relação de confiança que Dilma tem (tinha) em Eduardo. E está conseguindo!
 
Vejam o caso da Prefeitura de Belo Horizonte, onde todos agora sabem que Dilma entrou pesado para ter a participação do PMDB e (pasmem!!!) do PSD do Kassab (supostamente ligado a Eduardo, mas que caiu no jogo montado pelo Dirceu).
 
Dirceu quer agora concluir sua tarefa de levar o PSB para a oposição, juntando-se ao PSDB. Ao mesmo tempo, Dirceu está cooptando até membros do Demo, a exemplo de Mendonça Filho que fechou acordo com Humberto Costa, através de articulação direta de José Dirceu.
 
Ou seja, Maurício Rands entrou nessa trama nacional por acidente. O centro único de todo o jogo é Eduardo Campos. O governador de Pernambuco é hoje, de maneira declarada, o inimigo público número um de José Dirceu e de seu grupo que domina o PT de cima abaixo. O blog está concluindo outros contatos para adicionar informações valiosas para nossos leitores.
 fonte: blog do magno martinsEscrito por Magno Martins

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