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segunda-feira, 6 de agosto de 2012


Fogo Cruzado

PSB quer unir o Recife contra Humberto Costa

Publicado em: 06-08-2012 | Por: Inaldo Sampaio | Em: Fogo CruzadoPernambuco

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Coluna Fogo Cruzado – Folha de Pernambuco – 6 de agosto
Desde que venceu a eleição para o governo estadual, em 2006, Eduardo Campos já fez as pazes com quase todos os adversários políticos. Ainda no primeiro turno, ele conseguiu levar para o seu palanque o deputado Inocêncio Oliveira (PR) e o ex-deputado Severino Cavalcanti (PP), aliados históricos do PFL, que mais adiante virou Democratas. E no segundo compôs-se com o PT, o PTB e o PCdoB, que haviam apoiado a candidatura de Humberto Costa ao Palácio do Campo das Princesas.
Na campanha à reeleição, em 2010, agregou às forças que já o apoiavam mais um partido de oposição: PSC. Que é presidido em Pernambuco pelo deputado federal Cadoca, ex-liderado político do senador Jarbas Vasconcelos. Depois da vitória, passou a ter o apoio de mais dois: PV e PSD. O PV fora seu adversário naquelas eleições com a candidatura de Sérgio Xavier e o PSD foi estrategicamente entregue ao ex-deputado André de Paula (ex-DEM) para jogar em tabelinha com o PSB.
No entanto, para unir Pernambuco em torno do seu projeto, ainda precisa compor-se com mais três: PMDB, PSDB e DEM. O PMDB já foi resolvido com a reconciliação, impossível para muitos, com o senador Jarbas Vasconcelos. E o PSDB e o Democratas deverão se juntar ao PSB se Geraldo Júlio for ao 2º turno, no Recife, com o petista Humberto Costa. Nessa hipótese, o governador terá unificado, na capital, contra o PT, todas as outras forças políticas do Estado, ensaiando o “projeto 2018”.
Desafio 1 – A cúpula do PSB dá como certa a vitória de Geraldo Júlio para prefeito do Recife, no 1º ou no 2º turno. Mas admite que o partido tem duas dificílimas batalhas no interior: a eleição de Fernando Filho (PSB) em Petrolina e a reeleição de José Queiroz (PDT) em Caruaru.
Desafio 2 – Fernando Filho tem a um só tempo duas dificuldades para superar: o aumento da popularidade do prefeito Júlio Lossio (PMDB), visível na cidade, e a concorrência do ex-aliado, Odacy Amorim (PT), que permanece estabilizado na casa dos 25% de intenções de voto.
O dissidente – O ex-prefeito Ivo Amaral abriu uma dissidência no PMDB de Garanhuns e está apoiando para prefeito o candidato Zé da Luz (PHS). O PMDB faz parte da coligação de Izaías Régis (PTB) e Ivo até que gosta dele. Mas reprovou a decisão do deputado de convidar para a vaga de vice a petista Rosa Quidute, esposa do ex-prefeito (e seu desafeto) Bartolomeu Quidute.
Os herdeiros – Lula e Jarbas Vasconcelos têm algo em comum, nessas eleições, mesmo estando em campos opostos. O ex-presidente, de 67 anos, quer continuar influindo na política de São Bernardo (SP) através do filho, Marcos Cláudio, que disputa vaga de vereador. E o senador, de 70, quer manter-se vivo no Recife por meio do filho, Jarbinhas, também candidato a vereador.
É do povo – O vereador e ex-prefeito de Vitória, José Aglailson (PSB), vai à luta novamente, pela prefeitura, contra o prefeito Elias Lira (PSD), com o mesmo slogan das campanhas de 2000 e 2004: “Zé do Povo”. Ele e o atual prefeito dominam a política local há mais de três décadas.
O empurrão – O professor e cientista político, André Régis, candidato a vereador no Recife pelo PSDB, passou a contar, repentinamente, com um exército de militantes que não estava na sua contabilidade: seus milhares de ex-alunos da AESO e outros centros de ensino de Pernambuco.
A saudade – Recluso, em casa, no Recife, devido a problemas de saúde, o ex-prefeito Gilberto Marques Paulo diz com frequência à mulher, Célia, que “morre de saudades” de “Fernandinho”, um dos seus melhores amigos. E, lembrando os tempos de seminarista, reza a Ave Maria em latim. O “Fernandinho” a que refere é Fernando Correia, ex-presidente do TCE, morto em 2011.
Na ativa – O vice-governador João Lyra (PDT) mantém-se à margem da campanha do prefeito José Queiroz (PDT), em Caruaru, mas não recusa convite de aliados para a abertura de comitês. Semana passada ele esteve em Bezerros com o candidato a prefeito, Severino Otávio (PSB), e anteontem em Sairé.
Só Lula – Petistas ligados a Humberto Costa já sentem o peso de fazer campanha no Recife sem o apoio da “máquina municipal” (leia-se prefeito João da Costa). Avalia-se que só o ex-presidente Lula, e mais ninguém, ainda pode convencer o prefeito a sair de neutralidade para entrar na campanha do senador.
FONTE: BLOG DO INALDO SAMPAIO

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